Segundo censo realizado pelo IBGE em 2010, cerca de 9,7 milhões de brasileiros declararam que sofrem com alguma forma de deficiência auditiva, o que soma 5,1% da população do Brasil. Já segundo a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), cerca de 15% a 20% da população no país tem zumbido, sintoma que indica perda auditiva - mas destes, apenas 15% procuram ajuda médica. O instituto aponta também que cerca de 30% a 35% das perdas de audição são causadas devido à exposição a sons intensos, sejam eles em ambientes profissionais ou de lazer.
O Dr. Alexandre Cercal, otorrinolaringologista de Curitiba, PR, comenta que o ruído é, sem dúvida, a principal causa de deficiência auditiva. “Os ouvidos perdem, aos poucos, sua funcionalidade com o envelhecimento, mas outros fatores aceleram, e muito, este processo”, afirma.
Dentre os motivos que podem acelerar essa perda auditiva aqueles classificados como “perda auditiva ocupacional”, que é causada na maioria das vezes devido a exposição intensa a ruídos, mas também pode ser causada por vibrações, solventes e outros agentes químicos, - como a gasolina, - metais, como chumbo, arsênico e mercúrio, produtos químicos asfixiantes, como monóxido de carbono e nitrato de butila, e solventes aromáticos, entre eles tolueno, xileno, benzeno e álcool etílico. “E esses são apenas alguns dos produtos que fazem parte da lista de substâncias nocivas à saúde auditiva” alerta Cercal, que diz que os locais de trabalho que utilizam esses produtos hoje em dia já são mais seguros, mas mesmo assim precisam inspirar cuidados especiais.
Porém, o especialista lembra que a perda auditiva ocupacional pode atingir desde pessoas que trabalham com música, em aeroportos, em segmentos industriais, até operadores de Call Center, que passam de seis a oito horas de trabalho com fones de ouvido unilaterais, que também prejudicam a audição.O ideal é que as pessoas que trabalham em ambientes ruidosos e/ou que possam prejudicar a capacidade auditiva façam exames de audição periódicos. De seis em seis meses é necessário verificar como está o funcionamento dos ouvidos. “Na hora do trabalho, o uso dos protetores auriculares e/ou abafadores de ruído é essencial para preservar a audição e mantê-la saudável”, diz Cercal.
O especialista explica que a perda auditiva é irreversível, pois não é possível recuperar as células auditivas lesionadas - e o organismo não faz a reposição das que morreram. Algumas características sinalizam a perda de audição ocupacional, e é preciso ficar atento a elas. “Os trabalhadores devem procurar ajuda médica quando houver irritação a sons mais intensos, zumbido, dificuldade de localizar a fonte sonora e de compreender os sons da fala. Falar muito alto e aumentar o volume da televisão ou rádio sem motivo aparente também podem ser sinais do problema”, conclui Cercal.
Serviço: Dr. Alexandre Cercal
Otorrinolaringologista, Amah Ouvido, Nariz, Garganta e Estética da Face
Email: drcercal@yahoo.com.br
Fones:
41 3363-0983 Curitiba
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