Problemas respiratórios, ardência e ressecamento
dos olhos, boca e nariz, são sintomas bastante comuns causados por esse clima.
Veja como lidar com ele
Pode ser inverno ou verão. Outono ou
primavera. Não importa. Todo ano existe uma – ou até mais de uma – época em que
a umidade baixa e o tempo fica seco. Essa questão, combinada à poluição das grandes cidades, prejudica de forma substancial
a saúde da população. A boa notícia é que é possível amenizar a situação com
algumas soluções práticas que podem ser incorporadas no dia-a-dia de qualquer
um.
Segundo o Dr. Alexandre Cercal,
otorrinolaringologista de Curitiba, PR, as pessoas que mais sofrem com a baixa
umidade do ar são as crianças, idosos e doentes crônicos, que são mais
suscetíveis a doenças. Sintomas envolvendo problemas respiratórios (como
rinite, asma e bronquite, por exemplo), ardência e ressecamento dos olhos, boca
e nariz, são bastante comuns, - além de outros mais sérios como infarto e até
um acidente vascular
cerebral (AVC) também podem ser ocasionados por uma baixíssima umidade do ar.
Além disso, Cercal comenta que, com o tempo seco,
os ácaros, o enxofre que sai dos escapamentos dos carros e a poeira ficam em
suspensão no ar e são inalados em maiores quantidades pelas pessoas, fazendo
com que os problemas respiratórios aumentem e dando origem a infecções. “Porém,
para evitar maiores problemas vindos dessas alterações do tempo, é possível se
prevenir com simples atitudes, como algumas receitas caseiras ajudam a
umidificar o ambiente”, diz o especialista
Para melhorar a qualidade ar que chega até os
pulmões, colocar uma bacia cheia d’água no ambiente de trabalho, ou na sala e no
quarto, é uma antiga “receita da avó”, mas que funciona. “Deixar o ambiente
mais úmido é uma excelente maneira de evitar que os hospitais fiquem mais
cheios e de se incomodar com doenças respiratórias”, comenta.
Outras soluções práticas que podem ser aderidas no
dia-a-dia quando o clima estiver muito seco, é evitar fazer exercícios físicos entre as 10h e 17h,
faixa do dia em que a umidade do ar costuma estar mais baixa, beber
bastante líquido ao longo do dia, deixar um recipiente com água ou um pano
molhado no quarto antes de dormir, não usar o umidificador elétrico por muitas
horas seguidas, pois ambiente pode ficar muito úmido e causar mofo e bolor,
utilizar soro fisiológico para lavar as narinas ou fazer inalações com este
produto, deixar o ar circular pela casa e manter os ambientes arejados e livres
de tabaco e poeira, evitar tomar banho com água muito quente e usar, sempre que
possível, cremes hidratantes.
Cercal explica que a umidade
ideal do ar é de 80% a 60%, sendo que jovens e
adultos conseguem se adaptar a uma umidade de 40% - porém crianças e idosos não.
Quando a umidade atinge 50% eles já começam a sentir dificuldade de respiração
e demais problemas. “Se a umidade está abaixo de 30%, significa estado
de atenção; entre 20% e 12%, significa estado de alerta; abaixo de 12%
significa alerta máximo. Fique sempre atento às informações dadas pelos jornais
e demais veículos”, conclui o médico.