Tinnitus

Tinnitus

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Otites em crianças: saiba como evitar e tratar esse mal

De cada dez crianças, sete sofrerão, ao menos uma vez, com essa infecção no ouvido. Conheça os cuidados necessários.

Quando a criança é acometida por um processo infeccioso na orelha a dor não demora a aparecer – e, junto com ela, vem a irritação e a choradeira. Esse quadro, chamado de otite, nem sempre é identificado rapidamente e, se não cuidado de forma correta, pode se tornar recorrente.

Otite é uma infecção que pode atingir a parte externa ou média da orelha. A otite externa aparece normalmente depois dos quatro anos de idade, quando a criança fica muito tempo em contato com a água. Já a otite média aguda é a mais comum, principalmente nos primeiros três anos de vida. “Na maioria das vezes, a otite em crianças com menos de três anos é consequência de uma infecção respiratória. Isso acontece porque os vírus causadores de gripes e resfriados prejudicam o sistema imunológico, abrindo caminho para outros microrganismos, como as bactérias. Quando elas entram em cena, proliferam-se no ouvido médio e causam essa dolorosa infecção”, explica o Dr. Alexandre Cercal, otorrinolaringologista, de Curitiba. 


E a situação piora na chegada do inverno, já que quando a temperatura baixa, as gripes e os resfriados se tornam mais comuns. “Como as otites normalmente são consequência de infecções respiratórias, é nessa época mais fria que são percebidos os maiores números de crianças com otites”, comenta Cercal.


O especialista diz que quando os sintomas da doença se manifestarem, - sendo eles as dores fortes de ouvido, ou até uma mudança de comportamento da criança, como dificuldade para dormir, ouvir, febre, irritação ou dificuldade na hora de se alimentar - especialmente após uma infecção respiratória, os pais devem imediatamente procurar um médico responsável para dar início ao tratamento apropriado. “A orelha média fica próxima às estruturas do sistema nervoso central, logo, complicações na otite podem levar a uma meningite ou até mesmo a um abscesso cerebral”, informa Cercal. Além disso, o especialista lembra que a multiplicação de bactérias pode causar a perfuração do tímpano e, como consequência, a perda permanente da audição. 


No entanto, o médico faz questão de ressaltar que a otite não é causada pela cera de ouvido ou por sujeira. “Então, não se deve, em hipótese alguma, cutucar o ouvido com as hastes flexíveis de algodão, já que esse comportamento pode piorar ainda mais situação. O cotonete pode lesionar as paredes da tuba auditiva, o tímpano ou até direcionar a cera para o interior do ouvido, o que prejudica a limpeza natural do aparelho auditivo” ressalta Cercal.


O especialista diz que, quando os pais desconfiarem que a criança está com otite, existem algumas técnicas caseiras que podem ajudar a diminuir a dor momentaneamente. “Fazer compressas mornas na orelha com bolsa térmica ou uma fralda aquecida podem amenizar a dor da criança até a visita ao médico. Porém, outras medidas caseiras, como pingar azeite morno ou medicamentos caseiros no ouvido são prejudiciais. Quando se coloca uma substância no canal auditivo, corre-se o risco de piorar a infecção ou dificultar a visualização do local pelo médico”, conclui Cercal.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vertigem prejudica o equilíbrio corporal e reduz a qualidade de vida

Considerada como a forma mais frequente de tontura, a vertigem é caracterizada pela sensação de rotação.

É certo que, em algum momento da vida, todas as pessoas já sentiram tontura pelo menos uma vez. A tontura é um sintoma que resulta da perturbação do equilíbrio corporal e pode interferir de diversas formas nas atividades diárias e na qualidade de vida de cada individuo. As tonturas podem ser separadas de acordo com a sua intensidade: leves, moderadas ou intensas, ou com a sua frequência: Podem ser esporádicas, frequentes ou constantes. 

É sabido também que existem diversas formas de tontura, podendo ser elas desde o atordoamento, sensação de cabeça leve, sensação de queda iminente, até instabilidade, sensação de flutuação ou de rotação no meio ambiente, desequilíbrio, entre outros.

Entre essas formas de dores de cabeça, a que acontece com mais frequência e com maior incidência nas pessoas é a vertigem. Ela pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. A vertigem pode estar ligada a problemas visuais ou a alterações bruscas da pressão arterial. Várias condições podem afetar o ouvido interno e causar vertigem.  “Caracterizada principalmente pela sensação de rotação, as pessoas que estão com vertigem sentem estarem rodando ou que o mundo ao redor delas está girando,” explica Dr. Alexandre Cercal, Otorrinolaringologista, de Curitiba. 


O especialista comenta que a vertigem pode ser sentida das mais variadas formas e em situações inusitadas, porém, a sua causa mais comum é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer pessoa que possua o ouvindo interno sensível a determinados movimentos, como o balanço ou as freadas e arrancadas abruptas. 


Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante atividades comuns, como viagens de carro, barco ou até de avião – quando podem sentir a vertigem das alturas. “Os indivíduos não podem deixar que esse mal estar atrapalhe nos planos e na sua vida. Esses são probleminhas comuns e que podem ser tratados, amenizados ou evitados. A vertigem das alturas, por exemplo, é uma das mais comuns. Acontece porque existe a falta de referências visuais fixas próximas” Comenta Cercal. Segundo o especialista, a intensidade da vertigem depende da postura corporal, sendo maior em pé, já que nessa posição é mais difícil de manter o equilíbrio. 


O Otorrino comenta que, nessas situações de altura, é possível impedir o aparecimento da vertigem com o uso de binóculos que ampliam e diminuem o campo visual ou evitando permanecer muito tempo no local. “É preciso lembrar que, nessas situações sempre existe um risco de queda, portanto, é preciso manter os pés firmes no chão e, ao olhar para baixo, fixar em algum alvo parado”, ressalta.


Como a capacidade do corpo de manter o equilíbrio também está relacionada o sentido visual, algum defeito da visão que não seja bem diagnosticado pode acarretar na perda de equilíbrio. “Aqueles que usam remédios para doenças cardíacas ou para a hipertensão podem apresentar tontura ou desmaiar quando ficam em pé de maneira brusca. Esse tipo de tontura acontece por causa de uma rápida queda da pressão arterial e normalmente dura apenas alguns segundos. Na maioria das vezes, essa questão pode ser evitada com o indivíduo levantando-se lentamente ou com a utilização de meias compressivas”, observa Cercal.