Considerada como a forma mais frequente de tontura, a vertigem é caracterizada pela sensação de rotação.
É certo que, em algum momento da vida, todas as pessoas já sentiram tontura pelo menos uma vez. A tontura é um sintoma que resulta da perturbação do equilíbrio corporal e pode interferir de diversas formas nas atividades diárias e na qualidade de vida de cada individuo. As tonturas podem ser separadas de acordo com a sua intensidade: leves, moderadas ou intensas, ou com a sua frequência: Podem ser esporádicas, frequentes ou constantes.
É sabido também que existem diversas formas de tontura, podendo ser elas desde o atordoamento, sensação de cabeça leve, sensação de queda iminente, até instabilidade, sensação de flutuação ou de rotação no meio ambiente, desequilíbrio, entre outros.
Entre essas formas de dores de cabeça, a que acontece com mais frequência e com maior incidência nas pessoas é a vertigem. Ela pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. A vertigem pode estar ligada a problemas visuais ou a alterações bruscas da pressão arterial. Várias condições podem afetar o ouvido interno e causar vertigem. “Caracterizada principalmente pela sensação de rotação, as pessoas que estão com vertigem sentem estarem rodando ou que o mundo ao redor delas está girando,” explica o Dr. Alexandre Cercal, Otorrinolaringologista, de Curitiba.
O especialista comenta que a vertigem pode ser sentida das mais variadas formas e em situações inusitadas, porém, a sua causa mais comum é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer pessoa que possua o ouvindo interno sensível a determinados movimentos, como o balanço ou as freadas e arrancadas abruptas.
Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante atividades comuns, como viagens de carro, barco ou até de avião – quando podem sentir a vertigem das alturas. “Os indivíduos não podem deixar que esse mal estar atrapalhe nos planos e na sua vida. Esses são probleminhas comuns e que podem ser tratados, amenizados ou evitados. A vertigem das alturas, por exemplo, é uma das mais comuns. Acontece porque existe a falta de referências visuais fixas próximas” Comenta Cercal. Segundo o especialista, a intensidade da vertigem depende da postura corporal, sendo maior em pé, já que nessa posição é mais difícil de manter o equilíbrio.
O Otorrino comenta que, nessas situações de altura, é possível impedir o aparecimento da vertigem com o uso de binóculos que ampliam e diminuem o campo visual ou evitando permanecer muito tempo no local. “É preciso lembrar que, nessas situações sempre existe um risco de queda, portanto, é preciso manter os pés firmes no chão e, ao olhar para baixo, fixar em algum alvo parado”, ressalta.
Como a capacidade do corpo de manter o equilíbrio também está relacionada o sentido visual, algum defeito da visão que não seja bem diagnosticado pode acarretar na perda de equilíbrio. “Aqueles que usam remédios para doenças cardíacas ou para a hipertensão podem apresentar tontura ou desmaiar quando ficam em pé de maneira brusca. Esse tipo de tontura acontece por causa de uma rápida queda da pressão arterial e normalmente dura apenas alguns segundos. Na maioria das vezes, essa questão pode ser evitada com o indivíduo levantando-se lentamente ou com a utilização de meias compressivas”, observa Cercal.